Ahoy!
Olha só que legal.
Tava olhando o blog de uma gringa que faz umas críticas de texto e tal, e lá tinha um post dela com uma auto-entrevista usando umas perguntas que ela roubou de um outro site onde havia uma entrevista de verdade.
Sendo assim, achei que seria justo surrupiar as perguntas que ela furtou e fazer também uma auto- entrevista aqui no Laboratório. O intuito disso? Inflar meu já famoso ego, claro.
Ou talvez seja só tédio mesmo. Tomara que saia algo de útil pra vocês também.:)
- Quando criança, qual o seu livro favorito?
Comecei a escrever por causa de um livro que me deram para ler na escola. Não lembro o título e se lembrasse, ia caçar para comprar, mas os personagens principais eram dois coelhos detetives. Depois disso passei a ler tudo o que caía na minha mão. Mas meu livro preferido mesmo só fui ler na pré-adolescência: "O Caso dos Dez Negrinhos", de Agatha Christie. Não sei relendo hoje iria gostar tanto, mas a idéia por trás da história continua fantástica.
- O que você lê para seus filhos?
Filhos? Vou te falar uma coisa: no fim de semana fiquei quase um dia fora e deixei meu gato se mcomida metade do domingo. Que condição um cara desses tem de ter filhos? Mas se tivesse, leria contos de fadas ou histórias de fantasia medieval. Quem sabe Holy Avenger?
- Durante a infancia e adolescência, você tinha livros em casa?
Sim. Meu pai e meu avô sempre leram. Eu adicionei os quadrinhos à biblioteca.
- Alguém próximo te influenciou a ler ou escrever?
Meu pai, que sempre me incentivou comprando livros, HQs e me colocando nos curso malucos que eu inventava de fazer. Também tive muito incentivo nas escolas em que estudei.
- Você acha fácil escrever?
Hoje é mais difícil do que antes. Mas para mim o difícil não é escrever: é sentar para escrever. Tenho um problema sério de atenção e concentração. Sou disperso demais, canso rapído demais das coisas. É impressionante a quantidade de projetos (bons, a meu ver) inacabados que eu tenho. Não parece, mas com o tempo fui ficando mais inseguro no que diz respeito ao meu trabalho. Uma vez ultrapassado esses obstáculos, volta a ser fácil.
- O que te faz escrever hoje em dia?
Uma idéia interessante ou um impulso externo. Por causa de todos os problemas que eu citei ali encima, acho difícil hoje conseguir escrever por mera obrigação. Então fico orbitando entre os projetos que gosto e esperando que mais cedo ou mais tarde algum seja concluído.
- Qual sua rotina para escrever?
Na real a rotina é essencial para um escritor. E eu não tenho. Por isso produzo tão pouco. O melhor exemplo de rotina de escritor que eu vi foi a do Stephen King: o cara acorda, faz exercícios, escreve, almoça, dorme um pouco, acorda, revisa e reescreve o que fez de manhã e fim. Talvez um dia eu chegue lá.
- Como você sobrevive num trabalho tão solitário?
Depois que inventaram o messenger, ninguém mais é totalmente solitário. Mas em algum momento do processo a solidão é essencial. Se a gente tivesse com quem falar sobre tudo o tempo inteiro, não precisava mais escrever.
- Qual o melhor conselho que você recebeu quando estava começando?
Meu pai sempre disse que eu devia encarar a faceta de escritor como um passatempo e ter um trabalho normal e confiável no dia-a-dia. Fiz exatamente o contrário.
Cheers!
T.
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1 week ago
5 comments:
Bem interessante essa entrevista Mr.Careca.
Teria mais perguntas nesse site? Assim vocÊ poderia responder as outras.
"- Qual o melhor conselho que você recebeu quando estava começando?
Meu pai sempre disse que eu devia encarar a faceta de escritor como um passatempo e ter um trabalho normal e confiável no dia-a-dia. Fiz exatamente o contrário."
Coisa feia, não seguiu os concelhos do pai!
Legal, Dr. Careca, mas achei muito curtinha, meio superficial.
O meu livro preferido também é O Caso dos Dez Negrinhos! Muito legal!
Bem legal essa coisa de auto-entrevista, Trevisan.
Acho até que vou seguir seu conselho para quem está começando...
Boa rotina, a do Stephen King (acho que só ele consegue segui-la. Outros, seguem a rotina do "vampiro", escrevendo de noite), e bons conselhos seus, Trevisan. :-) (é, já me falaram que escrever é, na maioria das vezes, um vício solitário.)
E claro, teimosia (ou persistência, dependendo do ponto de vista) também conta.
É isso ae! Continue com o ótimo laboratório!
PS.: "Oito." (soh espero que, quando acabar o prazo, não seja o Leonel com pijaminha de rendinha e cara de zumbi... :-)
Trevisan, entra na rotina e começa a escrever uns livros vá! Eu também tenho esse problema dos projetos inacabados - e eles incluem artigos científicos e coisas "sérias" - mas ando tentando resolver, focar.
Seu trabalho é muito bom. Se eu fosse você já tinha publicado uma antologia com seus contos da época da DB e do "Gatos, Almas e ...".
Ânimo aí!
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