Tuesday, January 29, 2008

Recovering Status: 62%

Ei!

Ok. Fim das comemorações.

Só resta agora juntar os cacos, remendar o que sobrou e reiniciar as atividades. Com a porcaria do Carnaval no meio do caminho.

O jeito é se preparar pra 2008 que - finalmente - começa logo mais.

A não ser na Bahia, claro, onde o Carnaval dura no mínimo 6 meses (os outros 6 vão ser gastos preparando o carnaval de 2009).

Cheers!

T.

Thursday, January 24, 2008

Birthday 1

Yahoo!

Alguém quer saber como vai indo meu dia de aniversário?


E são só 19:11...

Cheers!

T.

Presente de Aniversário: Randar Axeblade

Ae!

Well, hoje é meu aniversário (parabéns pra mim, muitos anos de vida, obrigado, obrigado). E como sei que não vou ganhar porra nenhuma, resolvi dar um presente pra vocês.

Lembram quando eu falei sobre um conto que tinha um trecho que se passava em Khalifor e tudo mais? Pois é. Separei esse pedacinho da história para vocês. Não é muito, mas pelo menos dá para sentir como era Ghallen Forandi, o Conselheiro-Mór da cidade-fortaleza. E apesar do pouco convívio, gostei muito dele.

Mexi pouquíssimo no texto, que é bem antigo. Portanto não me torrem o saco com minúcias, ok? :)

Divirtam-se (assim espero)


Randar Axeblade

Ghallen Forandi olhou pela janela pela décima vez e contemplou as ruas de Khalifor, a cidade-fortaleza. Havia assumido a liderança do Conselho da cidade há mais de dez anos, mas mesmo assim não conseguia se acostumar com o peso do cargo.


Era um homem de ação. Um soldado pouco afeito às intrigas e intempéries a que se submetem os governantes. Tinha conquistado sua atual posição justamente em batalha, ao proteger Khalifor virando manualmente e às pressas na direção sul uma catapulta originalmente contruída para atacar o lado norte. Foi assim que a cidade-fortaleza se defendeu da primeira investida de um pequeno contingente do exército de Thwor Ironfist, o general bugbear.

Preferia mil vezes estar à frente dos poucos batalhões de batedores que visitavam vez ou outra os territórios tomados pelos goblinóides arriscando suas vidas quase todos os dias do que sentado numa cadeira, protegido pelas imensas muralhas, tomando decisões burocráticas que de pouco adiantavam na atual situação.


Paciência. O que mais podia fazer? Era responsável pelo seu povo. Talvez os últimos sobreviventes da ilha continente chamada Lamnor. Podia não estar à frente das tropas, mas era ele e seu exemplo quem mantinham a moral do exército. Mas até quando?


Aos poucos seus pensamentos retornaram ao problema que enfrentava no momento. Não havia sequer dormido na noite anterior. Embora a maioria dos soldados mantivesse o bom humor e a perseverança, alguns poucos já tinham demonstrado abertamente alguma vontade de desistir. Uns poucos haviam abandonado as tropas, fugindo para o continente norte, tentando esquecer os horrores trazidos por uma guerra que não havia sequer ainda começado. Alguns, entretanto tinham reações mais drásticas.


Há quatro noites um destes casos havia acontecido. Um experiente soldado abandonou Khalifor. Parte de seus companheiros tentou impedi-lo. Uns tentaram conversar, outros partiram para atitudes menos nobres chamando-o de traidor e desertor. Para estes não houve chance alguma. Quando ele, comandante de uma das maiores tropas do exército de Khalifor, abandonou o quartel da cidade-fortaleza, cinco corpos haviam sido deixados pelo caminho. Em sua maioria soldados rasos, ansiosos para descontar com justificativa os meses de rígida ordem a que eram submetidos.


O que preocupava Ghallen não era apenas o comportamento estranho do comandante. Havia visto esse tipo de coisa antes em outros tempos. Velhos soldados tendem a perder a razão depois de muito tempo no campo de batalha. Às vezes a enorme quantidade de mortes e a falta de esperança tornam-se um fardo muito maior do que a mente humana é capaz de carregar. O que realmente chateava o Conselheiro-Mor de Khalifor era que não se tratava apenas de um soldado de rica experiência, força e conhecimento. Tratava-se de um amigo.


Ambos haviam entrado juntos para o exército da cidade, numa época em que a guerra era não mais que uma lembrança distante na mente dos artonianos mais velhos. A repentina ascenção de Ghallen os distanciou. Enquanto o novo conselheiro se acostumava com as tarefas que o poder exigia, o outro continuava como um soldado comum, subindo pouco a pouco nos rankings militares sem jamais alcançar as posições que realmente merecia. Em Khalifor, como em qualquer lugar de Arton, a política tinha um papel muito mais presente que a justiça. O conselheiro já havia perdido a conta de quantas vezes havia sido obrigado a indicar jovens nobres e incapazes para posições de destaque tanto do exército quanto do Conselho quando havia pelo menos duas dúzias de oficiais humildes, esforçados e muito mais capacitados merecendo uma chance melhor na vida. Infelizmente, no mundo real este tipo de coisa não acontecia. Ele mesmo havia sido uma exceção, um caso extremo. Quando rechaçou praticamente sozinho o grupo de batedores de Thwor, o povo exigiu sua presença no Conselho. E como sabe qualquer governante com o mínimo de experiência, recusar a vontade do povo é oferecer a própria cabeça numa bandeja.


Do mesmo modo que Ghallen havia sido carregado nos braços do povo, o desertor havia sido condenado. No espaço de poucas horas a história do soldado que havia traído seu próprio povo, deixado a cidade e assassinado ex-companheiros espalhou-se pela cidade. Membros do Conselho passaram a exigir medidas drásticas. Alguns sugeriram a execução imediata do homem. Sem saída, o Conselheiro-Mor prometeu uma resolução para o fato ainda naquela manhã.


Sua idéia era que alguns soldados de confiança partissem em busca do fugitivo. Com a tempestade de neve que caíra nos últimos dias, dificilmente o homem chegaria além da fronteira com Remnor. Amigos, pessoas capazes de trazê-lo de volta sem ferimentos possibilitando que a versão do ex-comandante fosse ouvida.. Talvez desta forma Ghallen pudesse amenizar a pena, salvando a vida do amigo. Neste momento, Hord Slender, um jovem de família nobre que servia como seu principal conselheiro e segundo em comando devia estar conversando com os soldados que Ghallen havia indicado.


Como que adivinhando seu pensamento as portas da sala se abriram. Hord entrou fazendo uma antiga reverência militar que indicava respeito. Um falso respeito, naquele caso. Até as criaturas das mais estúpidas e vis do Ístmo sabiam que o jovem cobiçava a posição de Ghallen. Rondava sempre o Conselheiro-Mor, como uma ave de mau agouro. Mesmo assim, era eficiente em sua função e inteligente o suficiente para não cometer nenhum deslize que o comprometesse irreversívelmente.


Ghallen levantou-se de súbito, aproximando-se do rapaz.


- E então? Fez o que mandei? A expedição já está a caminho?


Hord baixou a cabeça e engoliu em seco.


- Sim e não. Senhor.


Fez-se silêncio na sala. O Conselheiro-Mor olhava fixo para o subalterno que aguardava, talvez, uma reação mais extrema. Hord continuou mais pela vontade de quebrar o mórbido silêncio do que de revelar o que havia ocorrido.


- Nenhum dos soldados aceitou a proposta, senhor. A vontade do povo e a dos soldados é a mesma. Todos querem a execução do traidor.


Ghallen Forandi voltou-se para janela. A essa altura a neve já havia parado de cair. As pessoas, os cidadão de Khalifor deixavam suas casas e iam para as ruas retomando aos poucos seus afazeres.


- Então...não há expedição alguma?


O segundo em comando pigarreou. Quando voltou a falar, sua voz era firme como a de um chefe da guarda que anuncia a chegada de um rei. Seus olhos, entretanto, evitavam os do Conselheiro-Mor.


- Há sim senhor. Partiu há meia hora atrás.


Ghallen virou-se de súbito. Suas mãos calejadas e grossas, herança dos tempos de soldado, agarraram o colarinho do jovem nobre lavantando-o do chão sem o mínimo esforço. Seus olhos faíscavam como uma nuvem de tempestade. Sua voz, no entanto, soava baixa e inalterada.


- De quem foi a ordem?


Hord não se abalou. Ou pelo menos fez o possível para não transparecer o frio que lhe passava pela espinha. Uma fina gota de suor escorreu pela testa do jovem, caindo na mão esquerda do Conselheiro-Mor. Respirou fundo e, quando sua voz finalmente saiu, parecia mais um sussurro.


- Eu ordenei, senhor.


Ghallen soltou o jovem nobre como se fosse um boneco de pano e virou-se de costas.


- O que queria que eu fizesse? Que esperasse até que o povo invadisse o Conselho exigindo a execução? Não podemos correr o risco, Ghallen! Sei que eu e você podemos-


O Conselheiro-Mor virou-se novamente. Em seu rosto um olhar de amargura e um leve sorriso de desdém.


- Eu sei o que você quer Hord.


- O que quer dizer?


- Sei que você não se importa nem um pouco com o que penso, ou o que faço. Tão pouco com meu bem estar. Muito pelo contrário para ser sincero.Todos sabem que na sua mente mesquinha e inexperiente meu lugar é seu por direito. E eu realmente não ligo, garoto. Abriria mão deste cargo e lhe daria de muito bom grado se pudesse. Mas não posso. É meu dever governar Khalifor até que o Conselho e o povo decidam o contrário. Quer você queira quer não.


Houve uma pausa, um silêncio quase opressor na sala. Hord permaneceu parado, os olhos faíscando, os punhos crispados num gesto de raiva contida.


- Só quero que me responda uma coisa: quem partiu na expedição? Quem foi encarregado da captura de Randar Axeblade?


Hord não disse uma palavra. Apenas caminhou lentamente, tirou do bolso uma pequena algibeira e deixou-a sobre a grossa mesa de madeira.. Feito isso, cruzou a sala novamente e saiu pelas portas duplas pisando firme, como se esta fosse a melhor resposta que pudesse dar.


Longe da influência negativa do jovem conselheiro, Ghallen se permitiu relaxar. Sabia que mais cedo ou mais tarde o garoto acabaria causando problemas. Hord era como um cavalo selvagem e inquieto que precisava ser domado vez ou outra. Desta vez, entretanto, o cavalo havia pulado a cerca. E trazê-lo de volta não seria nada fácil.


Intrigado, Ghallen esticou o braço e pegou a algibeira, abrindo-a lentamente. O que viu deixou-o paralisado por alguns momentos. Era um anel negro com um símbolo gravado. Um crânio. Neste mesmo momento um pensamento lhe abateu como um murro no estômago.


Randar Axeblade jamais retornaria vivo a Khalifor.


Cheers!
T.

Wednesday, January 23, 2008

The Killing Joke

Hi!

E o Coringa morreu.

Podia ser o ínicio da resenha de algum arco picareta e caça-níqueis do Homem-Morcego, mas não é. A coisa é de verdade mesmo.

Heath Ledger, o futuro melhor Coringa de todos os tempos no cinema, foi encontrado morto ontem no apê de outra pessoa, cercado de pílulas. O que é mais que triste. É um saco.

O cara tinha 28 anos, uma baita carreira e estava prestes a estourar animalescamente assim que "The Dark Knight" rodasse no primeiro cinema gringo, por volta do meio do ano. E mesmo assim...

Ninguém sabe ainda se a morte foi acidental, se foi suicídio ou abuso de drogas. De qualquer jeito, fica aquela sensação de inconformismo. Não porque era o Heath Ledger, não porque o cara era o Coringa e nem porque é difícil para as pessoas normais entenderem alguém que comete suicídio (embora a hipótese não tenha sido confirmada e embora eu esteja longe de me enquadrar no time das pessoas normais), mas porque sempre vai parecer indecente e estúpido alguém tão promissor morrer tão jovem.

Enfim, é uma pena.

Cheers!

T.

Face Off 2!

Ei!

Só para dar um update na história anterior: deixei um recado no profile do rapaz, que me respondeu muito solícito e retirou a foto.

A real era aquela que todo mundo pensou mesmo. O cara foi fazer um fake, saiu catando foto aleatória na net e achou a minha legal.

Paranóia pega e eu não sabia...

Cheers!

T.

Tuesday, January 15, 2008

Face off!

Yo!

Vieram me alertar no orkut que um cara anda usando uma das minhas fotos no seu perfil. A grande questão é: por que diabos alguém ia colocar uma foto minha? E querem saber? É a segunda vez que fazem isso!



Enfim...só consigo imaginar dois motivos: falta de criatividade ou admiração doentia.

Prefiro a primeira.


Cheers!

T.

Monday, January 14, 2008

De Grão em Grão...

Ahoy!

Uma das poucas coisas que resolvi na virada de ano foi que, ao menos em janeiro, queria colocar pelo menos um post por dia durante o mês inteiro.

Por causa de baladas e outros compromissos de importância vital relativa vi que não ia dar certo. E aí resolvi mudar para "31 posts no mês independente da quantidade de posts diários". Mesmo assim ainda estou defasado.

O principal era não apelar para posts inúteis, sem o menor significado, só pra fazer número, sabe?

Mas acho que agora já é tarde demais.

Well...só faltam dois para igualar o placar;)


Cheers!

T.

Nerdy Shirts

Doh!

É engraçado como nos últimos tempos ser nerd tem se tornado uma coisa cool. Não pra qualquer nerd, claro. Só para os nerds que são cool. Assim...tipo eu mesmo.

O tipo de nerd que fica em casa engordando, comendo cereal enquanto assiste a sétima temporada de Arquivo X em DVD continua em baixa ( mesmo porque, qualquer temporada de Arquivo X depois da quarta sucks big time). Mas nerds de coração que têm o privilégio de uma vida social e sexual ativa sem perder o gosto por um bom seriado, miniatura de D&D ou quadrinho escrito pelo Garth Ennis estão em alta, babe!

Na balada que eu frequento há uma pichação na parede do banheiro onde se pode ver um óculos de aro grosso, um d6, um controle de videogame e a frase 'Nerd Pride".

Ao me ver com a camisa do Justiceiro, o segurança do pub onde eu tocava veio me perguntar se onde eu comprei a minha não tinha do Lanterna Verde também. Lógico que ele não sabia quem era o Hal Jordan, mas achava "da hora" o "lanterna negão".

Por isso que eu digo: nos anos 00 ser nerd é ser moderno. Ou ser moderno é ser nerd. Algo assim.

Sendo assim, resolvi compartilhar com vocês um site ótimo que meu amigo Richard Garrell me passou esses dias: Nerdy Shirts! Nada como ser um nerd com estilo.

Cheers!

T.

The Humans Are Dead

Ei!

A melhor música de 2007, interpretada pelos caras da série Flight of the Conchords (exibida na HBO...que por sinal não tem no meu pacote da Net).

O esquema é prestar atenção na letra.



Cheers!

T.

Friday, January 11, 2008

Seres from Hell!

Heil!

Meu amigo Wallace Garradini pediu em seu blog Observatório do RPG que todos os possuidores da grande obra do RPG de 2007, Seres do Inferno, se manifestassem. Talvez fosse uma piada. Talvez ele pensasse que ninguém possuía a obra máxima do satananismo de interpretação. Pois bem.

Ele estava enganado.


Bwahahahahahahahahahahahaha!

Cheers!

T.

Ps. este post é uma piada. Nenhum animal, virgem, demônio ou diabrete foi ferido durante a elaboração deste post. Qualquer semelhança com fatos, pessoas, sites ou qualquer outra coisa que pareça de verdade é mera coincidência.

Tormenta na Rolling Stone!

Hey!

Só hoje me caiu nas mãos a revista Rolling Stone do mês de janeiro e, com ela, uma mais do que agradável surpresa: a resenha de "O Crânio e o Corvo" na seção "Guia".

Tudo bem, foi eu mesmo quem entregou o livro em mãos na redação, mas foi surpresa mesmo assim porque "romance medieval baseado em RPG" não me parecia, a princípio, algo que se encaixe exatamente no perfil dos livros normalmente resenhados na revista. Mas não é que encaixou?

Pra quem não sabe, a Rolling Stone é uma marca de reputação mundial e a grande autoridade no que diz respeito à cultura pop. Saber que uma quantidade gigante de pessoas que nunca tiveram contato com o nosso material vai, no mínimo, passar os olhos pelo nome "Tormenta" nem que seja por alguns segundos, já me deixa feliz.

É um fato que é importante não só pra gente, mas pra todo mundo que produz RPG de qualidade no país. Conseguir exposição num meio desses, só ralando mesmo...

Ah sim! Pra quem ficou curioso pra saber a nota do livro: 4 estrelas de 5. Dá pro gasto, não?

Abaixo um trechinho da resenha de Marcelo Ferlin Assami:

"Com a manha de saber narrar cenas de ação, e em vez de baixar a cabeça para Tolkien, Caldela parece beber de Shakespeare: o herói e o vilão são figuras trágicas e os coadjuvantes são tipos espirituosos e fanfarrões, a guerra é suja e sangrenta e a vida tem mais cheiro de estrebaria do que da corte dos elfos."

Tem dias que fica difícil manter a humildade...;)

Cheers!

T.

Thursday, January 10, 2008

O Diário do Hulk

Rrrraaar!


Embora a notícia tenha sido dada há três meses, só hoje fiquei sabendo do fim (provisório ou não, ninguém sabe) dos updates em um dos sites mais divertidos que encontrei até hoje: HULK'S DIARY THAT IS ON THE INTERNET. Ou, pra simplificar, o Blog do Hulk.

Criada pelo roteirista Kevin Church, a página não era uma fonte de informações normal sobre o personagem, como outros tantos sites de fãs que a gente vê por ai. Era verdadeiramente um blog (em teoria) escrito pelo próprio Hulk!

Sem dúvida uma grande perda para o mundo dos blogs!

Para a sorte de que não leu na época, ainda é possível acessar os arquivos da página através deste link.



Cheers!

T.

Monday, January 07, 2008

A Queda de Lenórienn

Howdy!

Uma das partes que eu mais gosto dentro do cenário de Tormenta é a Aliança Negra. É legal saber que, pela insistência do povo que pede um suplemento à respeito e pela dedicação da galera que produz material próprio, esta faceta de Arton também é a preferida de muita gente.

Existe uma pá de coisa relacionada ao terrível exército comandado por Thwor Ironfist que me atrai. Curiosamente, o único texto meu que trata de algo diretamente ligado a ele (tirando os textos descritivos dos Guias) é o conto "O Cerco". E mais nada.

Há muito tempo, muito antes de "O Inimigo do Mundo", comecei a escrever algo que eu imaginava que um dia podia se tornar um romance. E a história, embora não se prendesse somente a isso, esbarrava em Khalifor em seu perído pré-queda. Pena que eu imaginei errado e o texto não virou sequer um conto (mas tá aqui no meu HD, devidamente guardado).

Além desse texto havia um outro que cheguei até a postar na Lista Tormenta, se não me engano. Uma espécie de micro conto relatando a última investida do exército de Lenórienn contra a Aliança Negra, narrada do ponto de vista de Khinlanas, o rei élfico. Alguém se lembra disso?

Pois bem. Ontem, fuçando nos meus arquivos resolvi ressuscitar esse texto e dar uma recauchutada no danado. E como faz muito tempo que não posto nada aqui que tenha relação direta com Tormenta, resolvi mostrar o resultado pra vocês.

Quando, inevitavelmente, um suplemento sobre a Aliança Negra sair, é muito provável que este seja o conto introdutório.

PS. não liguem para o título. Foi a única coisa que me veio na cabeça.


Eyes of a King

Khinlanas, o Eterno, olhou fixo para o campo de batalha ao longe. Com um gesto, ordenou que a linha de soldados à sua frente permanecesse imóvel.

Dali, não conseguia ver ou distinguir muita coisa. Era apenas um amontoado de guerreiros, sangue, armaduras e espadas chocando-se incessantemente. Vez ou outra uma bola de fogo ou o flash de um relâmpago. Um inferno vermelho e verde que parecia não ter fim.

"Séculos de estudos e disciplina" - pensou o rei dos elfos - "E agora nos resumimos a isso ".

As torres, os palácios, tudo o que havia de mais belo na cidade de Lenórienn havia sido destruído pelas grotescas catapultas hobgoblins. As árvores queimavam e tombavam, espalhando suas chamas inclementes pela floresta e levando consigo os inocentes que encontrava pelo caminho. Eram como enormes piras sacrificiais enviando as almas dos elfos mortos para sofrer no reino de Ragnar, deus da morte e dos goblinóides.

Em toda a história de Arton, nunca um regente havia defendido tanto a superioridade e o orgulho dos elfos quanto Khinlanas. Para ele, a tão temida Infinita Guerra travada contra os hobgoblins era nada mais que um leve incômodo. A vitória era apenas uma questão de tempo.

- Somos os filhos de Glórienn – discursava em meio a taças de vinho nos luxuosos banquetes da nobreza – Somos sua espada, seu arco e sua flecha. Somos os escolhidos. E nada nos fará tombar!

O conflito se arrastou por séculos e séculos sem nunca pender para nenhum dos lados. Ainda assim, o sentimento que pulsava dentro de Khinlanas era o mesmo: mais cedo ou mais tarde, as forças élficas esmagariam o inimigo. Uma raça infeliz de pobres diabos cuspidos em Arton por um deus inconsequente.

O fim da guerra e o extermínio dos hobgoblins certamente tornariam o continente de Lamnor um lugar melhor. O triunfo dos elfos faria com que mesmo os humanos – que haviam virado-lhe as costas, confundindo sua sensatez com arrogância – se curvassem.

Somente com a chegada de Thwor Ironfist, o dito campeão de Ragnar previsto em uma obscura profecia bugbear, a balança finalmente pendeu. Enviado divino ou não, o monstruoso general conseguiu fazer o impossível: uniu as tribos goblinóides sob sua bandeira e esmagou os que se recusavam a marchar com ele.

Afim de conquistar a lealdade dos hobgoblins, Thwor invadiu Lenórienn sozinho, sequestrou a própria filha do regente élfico e deu-a de presente ao líder de seus eternos inimigos.

“Minha filha” – pensou cerrandos os punhos – “De dentro do meu palácio.”

O ato selou a formação da Aliança Negra. Um exército monstruoso e quase infinito composto de criaturas bárbaras e disformes cercando Lenórienn. Como o regente havia previsto em um passado distante, era mesmo apenas uma questão de tempo até que o conflito terminasse.

Khinlanas sabia que teria mais chances se mantivesse suas forças dentro dos limites da cidade. Se todas as energias direcionadas ao conflito fossem utilizadas para manter a defesa – e apenas isso – Lenórienn resistiria.

Mas a raça dos elfos jamais viveria acuada. Não enquanto ele reinasse.

Khinlanas ordenou o ataque total contra as forças goblinóides. Milhares e milhares de elfos marcharam e cavalgaram atravessando os arcos do portão principal da capital élfica, bradando desafios, insultos e preces. Do outro lado, uma força descomunal de fúria selvagem aguardava impaciente.


Khinlanas baixou a cabeça por um instante, os olhos fechados, pensativo. Aos poucos aprumou-se novamente. Com o olhar frio e o ar altivo que haviam lhe acompanhado durante toda a vida, ordenou que seus comandados avançassem.

Eram seus cavaleiros de elite. Os guerreiros mais nobres de Glórienn. A última linha de defesa de Lenórienn. Todos partiram reluzentes em suas belas armaduras prateadas. Desta vez não houve brados, nem insultos e nem preces. Lanças e espadas se erguiam refletindo o dourado do sol de Azgher.

Em instantes, só restava partir o próprio Khinlanas.

Desde que ouvira as primeiras histórias sobre Thwor Ironfist, o regente soube que não havia mais esperanças. Que logo Thwor Ironfist precisaria das máquinas de guerra hobgoblins e que – para isso – os elfos teriam que cair. Soube que muitos morreriam antes disso e que, no fim, ele próprio teria uma morte cruel e dolorosa. Soube que sua cabeça viraria um precioso troféu que minaria a confiança dos poucos elfos que restassem e que se tornaria o estandarte maior da vitória goblinóide.

Mesmo assim não se importava.

Durante todos aqueles anos, não lhe faltaram planos e alternativas de fuga capazes de salvar parte de seu povo antes que a catástrofe acontecesse. Uns ele mesmo havia elaborado. Outros haviam lhe sido propostos por conselheiros ou apresentados por rebeldes pacifistas. E Khinlanas recusou-se a colocar qualquer um deles em prática.

Preferia morrer, condenar sua própria raça e sofrer uma eternidade de torturas no reino do deus de seus inimigos a viver e admitir que os elfos, enfim, não eram superiores a ninguém.

Com um firme puxão de rédeas, Khinalanas cavalgou veloz em direção ao campo de batalha. Espada em punho, de encontro à morte.



Cheers!
T.

Sunday, January 06, 2008

Tormenta Podcast #2 - O Retorno

Ei!

Sei lá por que o podcast saiu do ar no link que eu tinha postado antes. Pois bem, aqui vai o novo:

Tormenta Podcast #2 - Contém Spoilers!



Mesmo assim vou falar com o povo da Jambô se não dá pra colocar no server deles, permanetemente.

Cheers!

T.

Saturday, January 05, 2008

Scotch/Mis_t

Oy!

Pra quem não sabe, na virada de 2007 pra 2008 o Radiohead (uma das minhas bandas favoritas) liberou na web um vídeo de 52 minutos com versões ao vivo de todas as músicas do último álbum da banda, "In Rainbows".

Se você curte Radiohead, pode ir sem medo. Se não conhece, é uma boa hora pra tentar. Se não gosta, passe reto e não me encha o saco. :)

Enjoy!



Cheers!

T.

Thursday, January 03, 2008

4E!

Huh!

Não...ainda não é hoje que vocês vão mer ver falando da quarta edição do D&D. Minhas longuíssimas férias longe do RPG ainda não acabaram e eu tô mais por fora que bunda de humano usando calça de anão (Haahahaha...eu sou demais!).

Mas enfim, um dos desenhistas responsáveis pelos concepts da nova edição resolveu soltar alguns sketches pra galera. Muito legais, aliás.

Quer saber mais? Não olhe pra mim.

Ao invés disso dê uma olhada no Área Cinza, casa do nosso amigo Rocha. Aproveita e deixa um comment, pede um dinheiro emprestado, toma um cafezinho...

Cheers!

T.

Sessão Pipoca

Hola!

Não sei exatamente o que acontece: ou tô ficando muito velho e chato ou ir ao cinema acabou virando uma experiência de muita paciência reservada, a pessoas iluminadas e com muito mais sernidade do que eu.

Ontem fui com alguns amigos a um desses Cinemarks da vida assistir "30 Dias de Noite". E vou te falar: no mínimo pelos primeiros 40 minutos o filme foi uma verdadeira tortura. E não porque a adaptação era ruim (pelo contrário) mas por causa do povo chato que frequenta as salas de cinema.

Tudo bem, era quarta-feira, dia de desconto (paguei 12 reais) mas normalmente uma entrada em um cinema dessas grandes redes custa 18 reais. O que por si só, para um cara honesto como eu que se recusa a falsificar carteirinha de estudante para pagar meia, já é uma bica. Agora você imagina desembolsar essa grana toda para assistir um filme ao som de saquinhos de pipoca, gente mastigando, risadas e conversas de nerd que resolvem resumir para o amigo mais próximo todas as edições da obra original em quadrinhos para que ele entenda exatamente o que mudou e o que não mudou. Na boa? É um saco.

E olha que estamos falando de um filme que não é blockbuster e já está em cartaz faz um tempo. Tenho pena de quem, na época, tentou encarar "Piratas do Caribe 3" em algum shopping durante um fim-de-semana.

Tá, eu sei, na verdade sempre foi assim. Mas até pouco tempo atrás a gente não tinha tanta opção de qualidade, certo? Tenho em casa umas caixas de som legais, com um subwoofer ninja. Meu monitor não é widescreen e nem LCD, mas tem 17' e ja quebra o galho. Minha placa de video é uma GeForce 6800. Se você somar a isso o fato de que tendo paciência para esperar só um pouquinho posso baixar o filme em ótima qualidade em cerca de - sei lá - umas duas horas ou enquanto tô na balada me divertindo, não fica muito difícil imaginar porque tem gente preferindo ficar em casa para ver sua película favorita ao invés de ir pra rua gastar dinheiro e se irritar.

É uma pratíca que para mim tem se tornado já meio comum: baixo, assisto, deleto e, se gostar, compro o DVD (caso de "Sunshine", do Danny Boyle, que deve ir parar na minha prateleira muito em breve).

Alguém quer saber sobre o filme? Ok.

Na real, curti "30 Dias de Noite".

Apesar de não mudar a vida de ninguém (e - é claro - nem se propôr a isso), é um filme bem trabalhado e que - se não inova - pelo menos foge um pouco de alguns clichés técnicos de filmes de ação/horror dos últimos anos. Não há sequências de luta estilo Matrix nem acrobacias insanas com veículos pegando fogo e coisas do gênero. As brigas são crus e bem brutais . O difícil é enxergar algo com a câmera tremendo loucamente, mas o efeito é legal mesmo assim.

Algumas transições de tempo não me agradaram muito e a sensação de que o que acontece no filme em um mês podia muito bem caber em uma semana ainda não me abandonou. Mas são críticas que, de certo modo, também servem para a versão original em quadrinhos. Aliás, o filme se sai muito melhor que a versão impressa. Um caso bem raro, diga-se de passagem.

Acho que é isso.

Ah, sim! Sabem qual a pior? Não vai demorar muito pra eu voltar a ter a mesma experiência traumática. "Cloverfield" tá chegando e eu não tô muito afim de esperar pra assistir.

Fazer o quê? Talvez eu leve um pedaço de plástico bolha pra ficar estourando durante o filme. Pra não me sentir tão deslocado, sabe? No fundo é todo mundo meio masoquista mesmo...

Cheers!

T.

Wednesday, January 02, 2008

End of Days!

Hey!

Well...o Reveillon, que correu o sério risco de se transformar numa catastrofe frustante e tediosa devido a suposta falta de opções, acabou se configurando em uma agradável e divertida surpresa.

Três festas em cerca de 9 horas, uma quantidade insana de vodka, uma amnésia parcial mas inofensiva e uma boa quantidade de fotos que provam que a coisa toda realmente aconteceu.

Uma delas ilustra bem qual foi o tom da comemoração:


Da esquerda para a direita: Marcos Issler (também conhecido como "El Tico"), Mr. Derrick Green (vocal do Sepultura, pra quem não sabe) e o glorioso Doutor Careca.

Scary, huh?

Cheers!

T.