Hoh!
Nunca liguei para poemas. Alias, não gosto de poemas. Nem sei diferenciar de poesia, na real. Acho meio chato, a maioria é subjetiva demais, etérea demais, cabeçuda demais ou inteligente demais para mim. Por conta disso, nunca me arrisquei muito a escrever esse tipo de texto. Rima, se você não faz direito, é algo que acaba soando besta, infantil e gratuita. E apesar de ter me arriscado a compor músicas - que, na verdade, é algo diferente apesar de parecer igual - acho que não é bem minha praia.
Palmas para quem gosta, se interessa e consegue fazer algo bom no gênero, mas eu não sou um deles. Pelo menos não em português. Daqui a uns anos, vai saber.
Apesar de tudo isso, fiquei fascinado pelos poemas (ou poesias, dammit?) que o Neil Gaiman costuma colocar no meio de suas coletâneas de contos (meus preferidos estão no Smoke and Mirrors - ou Fumaças e Espelhos, para quem prefere a versão nacional). São textos rápidos, divertidos, ágeis e fáceis de entender, além de não fugirem muito do estilo de prosa dele.
E aí, sei lá por que, vez ou outra me aparecem umas idéias nesse formato. E em inglês. Valentine, que escrevi ontem à noite, é uma dessas:
His name was Valentine
Had a job that was just fine
As his pet, a porcupine
And its nickname was “Swine”
His name was Valentine
Living only to survive
Always fearing to cross the line
In his pocket, not a dime
His name was Valentine
Eating fish that he won’t fry
Watching people passing by
Dancing, singing, grinning sly
Poor, old, crazy Valentine
O que eu mais curto é que vem quase tudo pronto na cabeça.
Passei o dia dando de cara com banners do Valentine's Day (O Dia dos Namorados gringo) e fiquei pensando: "Fica todo mundo aí comemorando...mas e se o tal Valentine fosse um cara ferrado na vida?". Uns dois segundos depois me veio a primeira frase e a coisa deslanchou.
Até pensei em botar uma foto para ilustrar ou tentar desenhar a minha versão do Valentine, mas prefiro que cada um tenha a sua.
Quem quiser se arriscar, pode mandar sua interpretação através dos comentários!
Cheers!
T.
PS/Edit: só para não cometer uma injustiça, outra influência do texto foi a rima original de Solomon Grundy (que depois virou vilão da DC): Solomon Grundy/Born on a Monday/Christened on Tuesday/Married on Wednesday/Took ill on Thursday/Grew worse on Friday/Died on Saturday/Buried on Sunday/That was the end of Solomon Grundy.
6 comments:
Você escreveu um texto gigante só pra tentar convencer geral que não curte poesia.
Deu errado.
Muito bom o poema. Chegou a publicar aqui aqueles outros? Caso contrário, joga ai na roda.
A real é que eu nao curto e nao sei escrever poeasia em português. Mas em inglês sai...
Tem esse aqui: http://doutorcarecalab.blogspot.com/2007/02/cheese-monkey-and-shoemaker-sheep.html
DEvo ter mais um no HD que ainda não coloquei no ar...
Achei bem bacana.
Cai bem como uma música pop, até consigo imaginar algo na voz de alguém tipo David Cook/Chris Cornell, numa pegada meio 'grunge'.
Sei lá, pode ser piração miha, mas é a primeira coisa que me veio a cabeça (queria saber cantar pra traduzir melhor essa impressão).
abraços!
Poema é só uma forma de escrever (em versos no caso) assim como a prosa. Já poesia é algo sentimental, inspirador, etc...
Parabéns pelo poema Trevisa, escrever em inglês é difícil, mas fazer poemas em outra língua que não a sua, é mais ainda. Se possível faça um esforço pra ler os poemas de Carlos Drumond de Andrade que você não vai se arrepender.
Kendi tem bom gosto para poesia, embora eu prefira Alberto Caeiro e Álvaro de Campos ;)
muito legal a poesia, qualquer dia vc podia por uma música nela pra ver como fika ;]
Só pra esclarecer, poema é só o formato do texto, assim como é a prosa. E poesia é o "feeling" que a coisa dá, assim, qualquer tipo de trabalho artístico(ou não) tem poesia =P
[uhul, ter aulas de literatura pra passar no vestibular serviu de alguma coisa(além de passar no vestibular, duh!)]
E só pra constar, Valentine é o nome do meu próximo personagem de rpg =P
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